sábado, 23 de março de 2013

A paz que trago em meu peito



A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia. Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. Todavia, o tempo vai mostrando-nos que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece. Mas aonde está a paz?
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...  Ter paz é ter a consciência tranquila; é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou... Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las; é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que veem e boca que diz palavras que constroem. Ter paz é ter um coração que ama... Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam... Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, mas respeitar as opiniões contrárias e esquecer as ofensas; Ter paz é aprender com os próprios erros e dizer não quando é não que se quer dizer; Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade; É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho,  agradecer; Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências.
A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições; É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os  insetos; É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo; É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra; É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo... A certeza da vida futura e a convicção de que receberei das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido. Às vezes, para manter a paz é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio. Assim, lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes: Quando alguém está irritado; Quando a maledicência te procura; Quando a ofensa te golpeia; Quando alguém se encoleriza; Quando a crítica te fere; Quando escutas uma calúnia; Quando a ignorância te acusa; Quando o orgulho te humilha; Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz. Contudo, para se encontrar a paz é preciso saber dirigir as palavras para a doutrina certeira; mas, antes de tudo, saber doutrinar a si mesmo.
Pense nisso! E que a paz esteja contigo...

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