sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nobreza


Nobreza

Conta uma história, que um Judeu trabalhava em um frigorífico na Noruega e, certo dia, durante sua rotina de trabalho, entrou numa câmara frigorífica, que era somente inspecionada por ele. Inexplicavelmente, a porta se fechou e o fecho de segurança travou, ficando o trabalhador preso dentro da câmara. Bateu na porta com força e gritou por socorro, mas ninguém o ouviu.
O tempo foi passando e, por incrível que pareça, ninguém sentiu falta dele; nem mesmo seu chefe. A tarde chegou e todos foram embora. Já havia horas que estava preso ali e, quanto mais o tempo passava, mais próximo da morte ele estava.
De repente, quando até mesmo a esperança já havia partido, a porta se abriu. Era o vigia, que entrou na câmara e o resgatou já numa situação bem crítica. Após prestar socorro, comunicou ao seu superior sobre o acontecimento, que assim lhe indagou:
_ Como você o descobriu lá, sendo que estava tão distante e nenhum de nós que estávamos tão próximos conseguimos ouvir ou perceber alguma coisa?
Ele assim o explicou:
_ Trabalho nesta empresa há 35 anos. Centenas de funcionários entram e saem, passando por mim todos os dias. Mas ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim todas as tardes quando vai embora. Todos os demais me tratam como se eu não existisse ou fosse uma estatueta que ornamenta a entrada desta empresa. Hoje pela manhã, ouvi dele um sincero “Bom dia” quando chegou. Eu espero por esse bom dia todas as manhãs e por uma “Boa tarde” ou “Até amanhã”, todas as tardes. Entretanto, hoje ouvi apenas o “Bom dia! Que a paz esteja contigo e bom trabalho”; mas não ouvi “Boa tarde! Fique com Deus e até amanhã”. Isso me preocupou e decidi fazer uma revista antes de trocar a escala com o vigia noturno, pois decididamente ele não sairia sem se despedir. Mesmo porque, não teria outro lugar para que ele passasse sem ser por mim.  Por isso resolvi procurá-lo, desconfiando que havia acontecido alguma coisa.  

É preciso conhecer profundamente a nobreza do gesto e a importância de uma saudação como fonte de educação e cristandade, para que se possa ser lembrado e reconhecido pela sua própria essência.

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